Colorado perdeu a primeira partida na Libertadores 2025 e está fora da zona de classificação Jogar em Medellín contra este Atletico Nacional é um dos desafios mais difíceis desta edição de Libertadores. O Internacional sucumbiu! Não conseguiu ser competitivo na 1ª etapa e viu a derrota começar a ser construída ali. A vantagem dos Verdolagas antes do intervalo possiblitou a mudança de estratégia no 2º tempo. Mesmo melhorando o seu nível, o Colorado se expôs e foi batido por 3x1.
Tal qual aconteceu em Porto Alegre - quando o Inter venceu por 3x0 -, o resultado não explica exatamente o que foi o jogo. Quando sofreu o segundo gol, o time vermelho parecia muito mais perto do empate do que levar mais um tento. Ainda diminuiu o placar e pressionou em busca da igualdade, mas foi em vão. Viveros ainda marcou o terceiro dos colombianos nos acréscimos.
Escalações
Javier Gandolfi pôde contar com o retorno de Hinestroza, talentoso ponta-direita do Atletico Nacional. Optou por escalar Cardona na meia-central e Billy Arce na esquerda. Viveros foi o centroavante. Morelos ficou no banco. Já Roger Machado repetiu a equipe que iniciou contra o Corinthians no último sábado, mas montada em um 4-2-3-1, com Fernando de volante e Bruno Henrique a partir da direita.
Como Atletico Nacional e Internacional iniciaram o duelo válido pela 4ª rodada do Grupo F da Libertadores 2025
Rodrigo Coutinho
O jogo
A promessa de uma partida dificílima no Atanásio Girardot se confirmou. O Atletico Nacional se impôs na condição de mandante e sufocou o Colorado nos primeiros 25 minutos. Marcou a saída de bola com intensidade e organização. Inutilizou as linhas de passe que poderiam colocar o Internacional no campo de ataque, e moveu a bola rapidamente ao retomá-la.
Antes mesmo do primeiro minuto já tinha finalizado com Viveros, ao receber de Camilo Cándido em profundidade. A alternativa dos passes nas costas da defesa brasileira foi apenas uma dentro do leque de jogadas dos colombianos. ''Isolar'' Hinestroza para inverter a bola a ele e apostar na individualidade do rápido ponta foi outra. Além, é claro, das bolas roubadas dentro do campo adversário.
Foram cinco ações ofensivas de destaque dos donos da casa nos primeiros 25 minutos. Os verdolagas traziam Campuzano para fazer a saída de bola entre os zagueiros. Projetavam os laterais no campo de ataque. Cándido avançava mais aberto e Billy Arce se mexia para o espaço entre Aguirre e Vitão. Pela direita, Román avançava por dentro e Hinestroza mantinha-se bem aberto.
Ainda havia Cardona dando um toque de qualidade e a pausa necessária ao jogo em determinados momentos pelo centro. Por mais que o ritmo anfitrião tenha caído na segunda metade do 1º tempo, não é possível dizer que o Internacional equilibrou o jogo. Seguia com dificuldades para tirar a velocidade da partida, controlar com a bola no pé e em zonas mais avançadas do campo.
Billy Arce Bruno Henrique Atlético Nacional x Inter Internacional Libertadores
Luisa Gonzalez/Reuters
As trocas de passe do Internacional tinham duração curta. Eram interrompidas pelos combates do Atletico Nacional. Apenas Alan Patrick conseguia alguma retenção de destaque. Bruno Henrique circulava para o meio quando os gaúchos tinham a bola, mas não dava tempo de estabelecer as conexões com calma. As tentativas de ataque em velocidade também eram neutralizadas.
Diante do cenário, o Atletico voltaria a assustar automaticamente. E fez isso com mais precisão aos 38 minutos. Tesillo, excelente na distribuição de passes e nos movimentos de subida de marcação, achou Billy Arce, que escorou para Camilo Cándido cruzar a Viveros. O centroavante dominou e estufou a rede de Anthoni com a canhota.
Com a vantagem, os donos da casa diminuíram o ímpeto e recuaram o bloco defensivo. O Inter, enfim, pôde trabalhar os seus ataques de forma mais elaborada, e quase chegou ao empate em uma conexão entre Bruno Henrique e Alan Patrick pelo meio. Wesley bateu prensado com Ospina dentro da área. O Colorado ainda perdeu Enner Valência, que deixou o campo lesionado para a entrada de Lucca.
Atlético Nacional x Internacional - Libertadores - Atanásio Girardot - Bruno Henrique
Jaime SALDARRIAGA / AFP
Bruno Tabata foi a cartada de Roger Machado para o 2º tempo. Bruno Henrique foi sacado. O time voltou do vestiário ocupando o campo do Atletico Nacional. Marcando bem a saída de bola adversária e mais desenvolto para trocar passes. Bruno Tabata ofereceu mobilidade e o Inter finalizou três vezes de dentro da área em menos de dez minutos. Ospina fez duas boas defesas.
O grande problema de um posicionamento mais adiantado era a exposição aos contragolpes dos donos da casa. Hinestroza é muito potente neste tipo de jogada, e simplesmente atropelou Thiago Maia e Fernando em uma rápida transição. Conduziu do campo de defesa até a entrada da área ofensiva, e rolou para Billy Arce ampliar o marcador.
O Colorado sentiu o baque por alguns minutos, mas logo retomou o bom funcionamento ofensivo que passou a ter. Lucca ofereceu mais vitalidade ao centro do ataque. Se mexeu com inteligência e levou perigo a Ospina. Aguirre também cresceu de produção depois do intervalo. Já havia finalizado bem da entrada da área quando sofreu um pênalti de Cándido aos 31'. Alan Patrick converteu! 2x1 no placar.
Roger abriu de vez o time na busca pelo empate. Ronaldo e Ricardo Mathias entraram. Thiago Maia e Fernando saíram. O Inter passou a ter uma dupla de atacantes centrais. Javier Gandolfi botou mais um zagueiro no lugar de Cardona. Os verdolagas passaram a jogar em um 5-4-1. Controlaram a pressão brasileira e ainda marcaram mais um nos acréscimos, com Viveros mais uma vez.